terça-feira, 13 de abril de 2010

Quando se pensa na prática sexual, as primeiras idéias que surgem são a de prazer, de felicidade e de satisfação. É comprovado que o sexo traz benefícios tanto físicos quanto mentais – e disso, mesmo sem pesquisas, ninguém duvida. Porém, a atividade sexual pode passar do limite do prazer e do bem-estar para tornar-se um transtorno.

Conhecida popularmente como ninfomania, quando referente às mulheres, e satirismo, quando relacionada aos homens, a dependência sexual é um transtorno que afeta uma parcela relativamente pequena do universo feminino. “Podemos dizer que 90% dos pacientes tratados são do sexo masculino frente a 10% de mulheres”, explica Aderbal Vieira Júnior, psiquiatra e coordenador do departamento de dependências não-químicas do Proad - Programa de Orientação e Atendimento a Dependentes – da Universidade Federal de São Paulo.

Como surge?
Ninguém vira dependente sexual da noite para o dia. Segundo o psiquiatra, existe um padrão de comportamento anterior. “A pessoa sempre teve o sexo como algo muito presente em sua vida, mas em algum momento a transa adquire uma tônica maior e, aí, passa a ser algo disfuncional”.

Sintomas
“Costumo dizer que o dependente não é aquele que transa muito, mas o que transa errado”, afirma. A sensação de perda de controle é um dos sinais da dependência sexual. A pessoa passa a praticar o sexo não por sentir vontade, mas porque precisa. “Ela acaba transando por outro motivo que não seja a gratificação”. A falta de controle leva muitas pessoas a terem diversos parceiros concomitantes, e isso pode acarretar na contaminação por doenças sexualmente transmissíveis. Outro indício do sexo patológico é a percepção de que a transa se tornou algo prejudicial à pessoa. O sexo acaba ocupando muitos espaços que deveriam ser dedicados a outras coisas. “Há casos de pessoas que se masturbam o dia inteiro”.

Como tratar?
O primeiro passo, considerado fundamental, é buscar auxílio na psicoterapia. “Ela é importante para o paciente entender de que forma ele chegou nesse ponto”, afirma Aderbal. Além disso, a utilização de remédios é uma opção em dois casos: quando o paciente possui um outro problema psiquiátrico ou para se obter um efeito sintomático, fazendo com que o impulso sexual baixe.

Por Ana Paula Schleier

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